Saber onde se deve puncionar ou moxar constitui o resultado
de um exame clínico, isto é, de um diagnóstico. Diagnosticar onde reside o
desequilíbrio de energia é ao mesmo tempo precisar o lugar onde se devem
aplicar as agulhas ou fazer as moxas.
O exame do paciente tem por objetivo descobrir a existência
de desequilíbrio da energia , o que pode ser feito com auxílio de algumas
técnicas, segundo normas ocidentais e orientais.
Dentro da medicina tradicional chinesa, a forma mais
importante de diagnóstico de desequilíbrio energéticos é a PULSOLOGIA CHINESA ,
que é feita, desde a antiguidade através da palpação de artérias.
Em outros países a palpação das artérias também é elemento
de diagnóstico, mas não tem a importância dada pela MTC ,que
utiliza esse
método para o exame acurado do estado energético de todas as funções orgânicas
do corpo humano.
No livro sagrado da acupuntura, isto é , o Nei China, que
procede do século terceiro antes de cristo, o pulso se toma e se interpreta de
maneira diferente da que veremos. O diagnóstico era feito não só por um único
segmento de artéria, no caso a radial, mas por um conjunto de segmentos de
artérias localizados em diferentes partes do corpo : Os chamados pulsos reveladores,
hoje usados com finalidade complementar de acompanhamento do tratamento.
Quando observamos alguém sendo submetido a uma tomada de
pulso para diagnóstico surgem perguntas naturais do tipo:“como é possível saber
o estado geral e particular de órgãos e funções palpando um segmento de
artéria?” , “O que se deve sentir no pulso do paciente?”, “Existe diferença de
pulsação em tão curto espaço de artéria?”.
Formularam-se várias hipóteses para explicar essas e outras
perguntas. Em primeiro lugar devemos reconhecer o pulso como uma expressão
energética. Com efeito, a cada batida do coração o sangue expulso pelo
ventrículo esquerdo choca-se com o sangue contido na aorta. O que percebemos no
pulso não é o deslocamento da massa sangüínea ,mas o resultado desse choque que
se manifesta por uma série de ondas ao longo do sistema arterial.
Nas artérias, o sangue se desloca, mas o faz com uma
velocidade muito inferior a da onda pulsátil. Além disso, sendo um tubo
elástico, a artéria configura o fenômeno com aspectos particulares. Temos, pois,
três fatores que decidirão sobre o aspecto do pulso: 1) a força do impacto
contrátil do coração; 2) as condições da massa de sangue (viscosidade); e 3) o estado
da parede arterial ( elasticidade, contratilidade e resistência periférica) .
Esses três fatores se combinam entre si, tornando muito difícil uma
discriminação.
Além desses três fatores fundamentais, existe uma onda
energética que descreve uma série de períodos compostos de ondas e nós.
A prática da percepção tátil dos pulsos nos diz que cada
pessoa tem seu pulso próprio, tão característico como as suas impressões
digitais.
Apesar de isso não ser sinônimo de demonstração científica
de uma relação órgão-pulso. Essa relação ,no entanto ,está garantida pelos
fatos , já que é quase impossível praticar a acupuntura sem o profundo
conhecimento da PULSOLOGIA
CHINESA.
“AQUELES QUE DESEJAM CONHECER O EXTERIOR DO
CORPO,
OBSERVAM A MORTE E
O NASCIMENTO DO PULSO ...”
A TEORIA DOS 14
PULSOS RADIAIS
Nesse método utilizamos a palpação de três segmentos da
artéria radial para perceber e diagnosticar desequilíbrios energéticos,
quantitativa e qualitativamente, nos órgãos e funções.
A Localização das posições nos pulsos é feita da seguinte
maneira:
MÃO ESQUERDA
PULSO I : Segmento
entre a base do polegar e a apófise estilóide ; em cima do ponto P9.
NÍVEIS :
SUPERFICIAL -
CORRESPONDE AO INTESTINO DELGADO.
MÉDIO / PROFUNDO -
CORAÇÃO.
PULSO II :
Segmento que cobre a apófise estilóide ; em cima do ponto P8.
NÍVEIS :
SUPERFICIAL - VESÍCULA
BILIAR.
MÉDIO / PROFUNDO -
FÍGADO.
PULSO III :
Segmento aquém da apófise estilóide; em cima do ponto P7.
NÍVEIS :
SUPERFICIAL -
BEXIGA.
MÉDIO- RINS
(FILTRAÇÃO/ QUANTIDADE DE ÁGUA ELIMINADA).
PROFUNDO- RINS (
EXCREÇÃO/CONCENTRAÇÃO DE URINA EM
PRODUTOS DE
ELIMINAÇÃO).
MÃO DIREITA: A localização
das posições é idêntica a da mão esquerda
PULSO I :
NÍVEIS :
SUPERFICIAL-
INTESTINO GROSSO
MÉDIO / PROFUNDO-
PULMÃO
PULSO II :
NÍVEIS :
SUPERFICIAL-
ESTÔMAGO
MÉDIO - PÂNCREAS
PROFUNDO- BAÇO
PULSO III :
NÍVEIS :
SUPERFICIAL -
TRIPLO REAQUECEDOR
MÉDIO - CIRCULAÇÃO
(LINFÁTICA E SANGÜÍNEA )
PROFUNDO -
SEXUALIDADE E REPRODUÇÃO
***ACHE OS NÍVEIS
!
NÍVEL SUPERFICIAL
é o que se obtém com uma pressão mínima
na artéria, suficiente
apenas para sentir sua pulsação. Corresponde à pressão arterial mínima.
NÍVEL PROFUNDO é
obtido pressionando-se a artéria até interromper o fluxo sangüíneo e em seguida
aliviando-se a pressão até sentir de novo o batimento arterial. É a pressão
arterial máxima.
O NÍVEL MÉDIO é
intermediário aos dois citados acima. ***
Inicialmente
procura-se o diagnóstico de excesso ou insuficiência geral do Inn ou do Iang
comparando-se os pulsos esquerdos com os direitos, os superficiais com os
profundos e os pulsos da posição I com os da posição III, concluindo-se pelo
excesso de Iang quando:
A) os pulsos
direitos são mais fortes que os esquerdos;
B) os pulsos
superficiais são mais fortes que os profundos;
C) os pulsos I são
mais fortes que os da posição III;
havendo excesso de
Inn quando acontecer o contrário.
Existem 28 pulsos
patológicos cujas principais características no estudo global dos pulsos são:
Regularidade: a)
às vezes lento, outras rápido: distúrbios do simpático; b) irregularidade
na força das
batidas: insuficiência de Inn.
Amplitude (altura
da onda): a) muito amplo: excesso de Iang;
b) pouco amplo:
esgotamento.
Intermitência: a)
com intermitência, porém rápido: excesso de Iang;
b) intermitente e
lento: excesso de Inn;
c) intermitência
regular, por exemplo, cada 10 ou 20 batidas: pouca energia.
Consistência:
a) pulso duro:
excesso
b) duro e amplo:
tensão nervosa;
c) duro e pequeno:
fraqueza e crispação;
d) macio:
relaxamento;
e) grande e macio:
fraqueza e relaxamento.
Quanto ao estudo
de cada pulso individualmente, destaca-se as seguintes peculiaridades:
• Freqüência: rápido
(mais de 6 batidas por respiração) ou lento ( menos de 4,5 batidas por
respiração)
• Ritmo: regular ou
não
• Força: forte ou
fraco (resistência à pressão)
• Consistência: duro
ou macio (mole)
• Amplitude: onda
alta ou baixa
• Comprimento:
grande ou pequeno
• Largura: largo ou
estreito (fino), sendo a primeira característica Iang e a segunda Inn.
O diagnóstico pelo pulso tem por base a relatividade -
comparação - entre as 14 posições. Aconselha-se aos principiantes, depois de
tomada em conjunto dos pulsos (esquerdo-direito - superficiais-profundos –
posição I-posição III), examinar cada posição para determinar qual a função
mais fraca e qual a função mais forte, partindo daí para o diagnóstico das
demais.
O pulso deve ser tomado de preferência pela manhã, com o
paciente em jejum, sentado de frente para o médico que tomará os pulsos
esquerdos com os dedos da mão direita e os pulsos direitos com os da mão esquerda.
Os pulsos da posição I - em cima de P9 - são tomados com os
dedos indicadores; os pulsos da posição II - em cima de P8 - com os dedos
médios; e os pulsos da posição III - em cima de P7 - com os dedos anulares.
Quanto às anotações na ficha do cliente, usa-se as
seguintes nomenclatura :
grande plenitude
• Transbordante
• excesso
(plenitude)
• normal
• insuficiente
• fraco
• muito fraco (quase
imperceptível)
• imperceptível (ou
ausente)
Sendo os três
primeiros “pulsos Iang” e os quatro últimos “pulsos Inn”.
SINTOMAS DE
EXCESSO E DE INSUFICIÊNCIA GERAL E NOS MERIDIANOS
PRINCIPAIS
A constatação do excesso ou insuficiência geral de Inn ou
Iang é a base do diagnóstico pela Acupuntura, não só porque permite uma
primeira aproximação tipológica - tipos Inn e tipos Iang - como também porque
nos orienta para as linhas gerais da terapêutica a seguir:
Segundo G.S. de Morant os sinais principais são:
a) Excesso geral
de Iang (energia):
pulsos direitos
mais fortes que os esquerdos;
pulsos
superficiais mais alongados, amplos e duros que os médios e profundos;
pulsos ns. I
amplos e fortes e pulsos ns. III normais;
todos os pulsos
adiante de suas posições;
voz sonora, muito
timbrada;
olhos brilhantes,
muito vivos;
gestos muito
rápidos;
palavra excitada;
excesso de
alegria, cantos e risos;
agitação, calor
externo;
dores nos pontos
quando pressionados;
dores locais;
contraturas,
convulsões, espasmos.
b) Insuficiência
geral de Iang:
pulsos direitos
mais fracos e moles que os esquerdos;
pulsos
superficiais mais fracos que os médios e profundos;
pulsos ns. I
fracos e ns. III fortes;
coceira, prurido;
todos os pulsos
antes de suas posições;
forma sem firmeza,
mole;
voz sem timbre;
olhos ternos; gestos lentos;
dificuldade da
palavra; tristeza; lágrimas;
intestinos vazios
ou com grande inchaço.
c) Insuficiência
geral de Inn ( sangue):
pulsos esquerdos
menos fortes que os direitos;
pulsos médios e
profundos menos fortes, duros e amplos que os superficiais;
pulsos ns. I
miúdos e ns. III pouco perceptíveis;
todos os pulsos
miúdos, pequenos;
forma magra; rosto
azulado, escuro;
fraqueza física;
lassidão, falta de
resistência;
tendência ao
desmaio.
d) Excesso geral
de Inn:
pulsos esquerdos mais
fortes e duros que os direitos;
pulsos profundos e
médios mais duros que os superficiais;
pulsos ns. I
amplos e fortes e ns. III igualmente fortes;
tez vermelha;
forma sólida, bem nutrida;
tendência às
congestões, às inflamações e aos abcessos;
frio interno;
edemas.
Naturalmente que o excesso ou insuficiência geral de
energia Inn ou Iang deve ser o resultado do excesso ou insuficiência de energia
ou sangue nas funções, cujos sintomas, ainda segundo G.S. de Morant, são os seguintes:
a) Triplo Reaquecedor
- “pai da energia Iang”.
Excesso:
pesaroso, sem
alegria, irritável;
deseja dormir,
insônia;
dores indefinidas
por meteorismo;
respiração curta,
não pode falar;
inapetência, muita
urina.
Insuficiência:
lassitude moral e
física;
tudo é feito com
esforço;
tristeza, enfado,
os membros não obedecem;
insuficiência
urinária; frio.
b) Circulação -
sexualidade - “mãe da energia Inn”
Excesso:
opressão, cóleras;
coração agitado,
dores surdas;
respiração rápida
quando ri, dor de cabeça congestiva;
mau hálito.
Insuficiência:
depressão moral;
insuficiência do
consciente;
fadiga, sem
alegria;
enrijecimento da
laringe.
c) Coração (órgão
Inn)
Excesso:
riso fácil,
soluços;
rosto avermelhado;
agitação do
espírito, superexcitação;
dores no coração e
no braço.
Insuficiência:
magoado, não ri;
rosto pálido;
depressão, medo,
angústia;
falta de ar aos
esforços.
d) Pulmões (órgão
Inn)
Excesso:
arquejamento,
tosse;
dores nos ombros,
nas costas e nas costelas;
micção freqüente;
bocejos, espirros.
Insuficiência:
falta de fôlego;
ombros e costas
frias;
tez mutável;
não pode dormir;
dores nas axilas.
e) Fígado (órgão
Inn)
Excesso:
descontentamento,
cólera;
tez escura,
cinzenta ou amarela;
micção difícil,
dolorosa;
distúrbios das
regras, priapismo;
dores lombares e no
aparelho genital.
Insuficiência:
medo;
tez branca,
cerosa;
constipação;
fezes amarelas ou
escuras;
impotência,
frigidez;
dores nas coxas,
cadeiras, garganta;
coagulação lenta
do sangue;
equimoses
freqüentes.
f) Baço - Pâncreas
(órgão Inn)
Excesso:
excesso de forma,
ventre grande porém fraco;
eliminações pouco
abundantes;
articulações
dolorosas;
grandes suspiros
(gemidos), mágoa, obsessões, pesadelos.
Insuficiência:
insuficiência de
forma;
eliminações
abundantes;
fadiga matinal e
até às 17 horas;
aerogastria, má
digestão;
frio e fraqueza
nos pés.
g) Rins ( órgão
Inn)
Excesso:
excesso de
decisão;
urina colorida,
rara;
pés pesados,
quentes, dolorosos;
língua seca;
cefaléia.
Insuficiência:
indecisão, fala
confusa;
urinas freqüentes,
odor anormal e incolor;
pés e pernas
frios;
transpiração
abundante;
h) Estômago (órgão
Iang)
Excesso:
cãibra, dores de
estômago;
acidez;
lábios rachados;
pesadelos;
erupções, acne.
Insuficiência:
digestão lenta;
vômitos aquosos
depois das refeições;
face vermelha,
sobrancelhas dolorosas;
emotividades,
lágrimas e tristeza;
pés frios.
i) Intestino
Grosso ( órgão Iang)
Excesso:
constipação;
boca seca, lábios
gretados;
corpo quente;
melhora com
alimentos acres; calor.
Insuficiência:
diarréia;
erupção, prurido;
frio, lento para
se esquentar;
melhora com
alimentos ácidos.
j) Intestino
Delgado ( órgão Iang)
Excesso:
face escarlate,
boca seca;
abcesso na boca e
na faringe;
urinas raras;
alegre e risonho.
Insuficiência:
lábios azulados
com bordos brancos;
magreza;
urinas freqüentes
e abundantes;
transpirações
violentas.
k) Vesícula biliar
(órgão Iang)
Excesso:
muito sono;
grandes gemidos,
irritável;
boca amarga pela
manhã;
todas as
articulações dolorosas;
joelhos e pernas
inchados;
inchação sob o
joelho.
Insuficiência:
insônia;
dores sem
localização fixa;
dores no peito e
dos lados;
inchaço na
bochecha, no queixo e nos seios.
l) Bexiga (órgão
Iang)
Excesso:
agitação,
plenitude;
ereções
excessivas, prostatite;
retenção de urina,
desejos freqüentes e urgentes;
cefaléia ao
defecar.
Insuficiência:
cérebro confuso;
falta de vigor
sexual;
urina abundante e
incolor;
incontinência,
levanta-se à noite;
vermes
intestinais.
Os meridianos podem apresentar também sintomas de excesso
ou insuficiência em segmentos de seus trajetos, o que significa desequilíbrio
de energia local. São, em resumo, os seguintes:
Excesso : dor ,
calor, contratura, espasmo , cãibras, convulsões, inflamações .
Insuficiência :
insensibilidade , frio , inchaço, prurido, flacidez, edemas brancos.
Recomendações para
a tomada de pulso:
1- Tomar as 15
posições e obter uma média , o que e estiver fora da média estará
alterado
2- O pulso é
predominante em termos de confirmação diante de outro diagnóstico.
3- Julgar com
atenção as funções que são suspeitas de ter o problema.
4- Tomar o pulso
de manhã ,com o paciente preferencialmente em jejum ,pois os
alimentos têm
energia Iong, o que pode causar alterações no fluxo de energia.
5-Tomar o pulso a
cada sessão , para acompanhamento.
6- Tratar pelo
diagnóstico do dia .
7- Atentar para o
horário que pode ser o da onda máxima de alguma função
8- No horário do
dominante , o dominado está mais fraco .
9- Lembrar da
estação
Inverno - R e B é
mais forte e profundo.
primavera - F e VB
estão tensos e nervosos.
Verão - C e ID ,
CS e TR estão fartos e cheios .
Outono - P e IG
estão ligeiros.
Quinta estação -
mudanças e transformações em E e BP.
10- A temperatura
do paciente e do ambiente podem alterar o diagnóstico ( ex.: Frio
esconde o pulso ).
11- Quando o pulso
não bate de acordo com o diagnóstico , é sinal de gravidade .
12- É necessário
ter um padrão de posição para a tomada do pulso.
Variações
Individuais :
• Homem tem pulso
mais duro
• adulto tem pulso
cheio
• adolescente tem
pulso mais fino
• ancião tem pulso
mais débil
• A criança tem o
pulso mais rápido ( fc/fr >6)
• Homem alto tem
pulso longo ( > distância entre os segmentos )
• Homem magro tem
pulso ligeiro e superficial
• O obeso tem pulso
discretamente profundo
• Intelectuais tem o
pulso mais débil
• Após longa viagem
o pulso é mais rápido devido a distância percorrida.
• Após refeição o
pulso é grande e lento
• Após ingestão de
álcool o pulso se torna mais rápido
“Existe erro tanto em ver o que não existe
quanto em não ver
o existe.”
Confúcio
PULSOS REVELADORES
OU PERIFÉRICOS
Confirmam o diagnóstico e servem mais para acompanhamento
do que para diagnóstico, isto é, quando já diagnosticamos um transtorno, usamos
esses pulsos para verificar se o organismo está ou não reagindo ao tratamento.
Por exemplo, se havia excesso ele deverá amenizar.
Cada um corresponde a um ponto dos meridianos principais e
também a áreas específicas .
SO-OUENN divide o
corpo humano em três regiões chamadas “alto”, “centro” e “baixo”, cada uma subdividida
em três zonas: “céu”, “terra” e “homem” e possuindo um ponto que é o pulso
revelador:
CÉU TERRA HOMEM
ALTO: ao nível de
B 2 E 5 ID 19
artéria orbital
artéria facial artéria temporal
superior
CORRESPONDÊNCIA
energia da cabeça
, intelecto Boca, dentes, laringe, olhos e ouvidos
informação sobre
acidente amígdalas.
vascular cerebral
(AVC)
CENTRO: ao nível
de P 9 IG 4 C 7
artéria radial
artéria radial artéria cubital
CORRESPONDÊNCIA
peito e respiração
coração
BAIXO: ao nível de
F 11 BP 11 R 3
artéria artéria
femural artéria tibial
femural posterior
CORRESPONDÊNCIA
Fígado e vesícula
biliar Baço-pâncreas rim
tratamento de
Diabetes e
obesidade
OS 28 PULSOS
PATOLÓGICOS
Os pulsos patológicos
podem ou não aparecer e ,sempre que aparecem denotam uma situação especial , o que
pode ser a chave para se fechar um diagnóstico.
São eles:
A) 7 pulsos
externos
B) 8 pulsos
internos
C) 9 vias ou
movimentos
D) 4 pulsos
suplementares
A) Os 7 Pulsos Externos
A1) PULSO
SUPERFICIAL
Indica vazio ou
insuficiência de Iang extraído do ar.
Energia Iong
insuficiente.
Deve-se tonificar
o triplo reaquecedor (TR) superior.
A2) AS PÉROLAS
ROLANTES
“Como se houvessem
bolinhas sendo levadas junto ao fluxo.”
Indica excesso de
Inn
deve-se dissipar o
TR inferior .
A3) PULSO PLENO
“Quanto mais se
apóia o dedo , mais se sente o pulso”
Indica excesso de
energia Iong.
Deve-se dispersar
o TR médio
A4) PULSO VASTO
“chega forte e vai
fraco”
Indica plenitude
de iang e insuficiêcia de Inn ( ou de “sangue”)
O TR está com
dificuldade de assimilação de energia Inn dos alimentos e com excesso de
energia Iang do TR superior (o TR superior está tirando muito Iang do ar ).
A5) PULSO EM CORDA
DE VIOLÃO
“Chega e vai forte
“
Indica ataque de
frio perverso
A6) PULSO DICROTE
OU OCO
“Parece que há
duas artérias pulsando”, sente-se apenas as bordas da artéria radial
(desaparece com
leve pressão )
Indica vazio de
sangue ou plenitude de calor perverso e excesso de ID + B + TAE YANG.
A7) PULSO ESTREITO
OU TENSO
“É fino mas pulsa
com dureza , parece um cordão batendo”
É Normal na
primavera , mas fora dela pode indicar excesso de Fígado.
B) PULSOS INTERNOS
B1) PULSO PROFUNDO
“Em superfície não
se pega nenhum pulso”; Exige pressão
É normal em obesos
e no inverno (estação de recolhimento), fora isso pode sugerir doenças Inn de excesso
ou insuficiência. É um problema interno.
B2) PULSO
RETARDADO OU DISTAL
Indica fraqueza da
energia Iong
TR médio (captação
de energia Yang) devem ser estimulados .
B3) PULSO RUGOSO
“parece que ele
passa em turbilhão”
Indica pobreza de
energia sangue em quantidade e qualidade.
É grave e de
difícil tratamento.
B4) PULSO MACIO
“É quase mole” ;
bate sem força
Indica fraqueza de
Qi e “sangue”
B5) PULSO LENTO
É um pulso
vagaroso , não no sentido de batimentos , mas ele “vai e volta devagar”
Sugere um vazio de
Baço e de energia Iong
B6) PULSO FLEXÍVEL
Os Pulsos
Superficial, médio e profundo são bem perceptíveis, as posições são muito
definidas indica vazio de estômago e “sangue”.
B7) PULSO SEM
FORÇA
Dificuldade de
separar as posições .
Sugere vazio de
Inn e Iang fraco
Deve-se Tonificar
o TR inferior e melhorar a captação de Iang (Usar os pontos :VC17 + VC6 + VC12
) .
B8) PULSO
ESCONDIDO
“Difícil de
encontrar”
Indica falta de
circulação
A língua do
paciente pode estar vermelha ,cor de “sangue pisado”.
É Comum nos
cardiopatas.
C) AS 9 VIAS
C1) PULSO LIGEIRO
5 a 6 batimentos
por respiração.
Pulso Iang que
indica excesso de fogo.
C2) PULSO DESIGUAL
“Forte / fraco (
força ) alternados”
É preciso nutrir
Iong , O TR está distribuindo menos energia Iong que o necessário
(desequilíbrio energético).
C3) ANUNCIADOR DA
MORTE
“Para....e
recomeça”
Muito grave e de
difícil recuperação
Tratar com
intervalos de um dia , usar o vaso dos ataques e os pontos de energia ancestral
+ pontos SU do pentagrama.
C4) PULSO
MINÚSCULO OU FINO
Pulso de crianças.
As posições são próximas umas das outras. Se aparecer em um adulto
sugere vazio de
energia e sangue .
Deve-se usar o
ponto mestre do sangue (BP6)
C5) PULSO PLENO OU
LONGO
É o oposto ao
MINÚSCULO
Tem a amplitude
aumentada, os segmentos bem separados.
O paciente sente
plenitude nas costas
Indica excesso
Iang.
C6) PULSO RÁPIDO
NA BARREIRA ( PULSO II)
Sugere vazio de
Iong , “sangue” e energia ancestral
C7)PULSO RÁPIDO NO
POLEGAR E NO PÉ ( PULSOS I e III)
Sugere doenças da
energia , indicativo de invasão de energia perversa
C8)PULSO MUITO
LONGO
É normal em
pessoas altas
A amplitude e os
batimentos são regulares
Indica plenitude
de energia e sangue
C9) PULSO RÁPIDO
NOS 3 SEGMENTOS
“O Iang está
destruindo o Inn”
O agravamento é o
natural .
OS 4 PULSOS
SUPLEMENTARES
Eles resumem os
outros 24
1) PULSO GRANDE ( “AMPLO”)
- Indica excesso Iang
2) PULSO LONGO -
Indica excesso Iang
3) PULSO CURTO-
Indica excesso de Inn
4) PULSO VARIÁVEL
( varia a amplitude e regularidade) - Indica excesso Inn
O QUARTO PULSO
O quarto pulso é tomado com o dedo anular e infere a
condição dos centros nervosos e da Psique. Ele pulsa a uma distância da posição
III (ponto P7).
PULSO ESQUERDO
(Psi e emoções)
POSIÇÃO PULSO
DIREITO
(centros nervosos)
Indivíduo evoluído
(consciente ,
concreto e bom juíz)
superficial Medula
coluna vertebral
Autômato ou “papagaio”
médio Bulbo
Cerebelo Primata (
A bagagem do céu anterior) profundo Cérebro
Interpretação:
Evoluído:
Normal : No
indivíduo com raciocínio e capacidade de discernimento ( “O bom juíz “)
Estreito: Impulsos
irracionais
Ausente- Não
raciocina
Autômato :
Em plenitude :
Imaginação repetitiva, voltada para o passado e sem realizações fraco : Falta
de imaginação e coordenação de idéias
Primata :
Pulsando mais
forte que os demais : Predominam os instintos (Falsidade ; Astúcia ; Malícia ;
Temeridade ), tipo de pessoa que “não quer saber de conversa “.
Fraco ou vazio :
Apatia total , estados depressivos.
Apêndice
Complementar
A PULSOLOGIA e a
FUNÇÃO TR :
A FUNÇÃO TRIPLO REAQUECEDOR (TR) coordena a distribuição
energética nos três principais níveis funcionais do corpo humano: O TR superior
corresponde fundamentalmente às funções cárdio- respiratórias; o TR médio
coordena as funções digestivas , de assimilação dos alimentos e a distribuição
líquidos orgânicos e sangue e por fim o TR inferior comanda as funções gênito-urinárias.
A função TR é essencialmente integradora de todas as
energias incorrentes no organismo humano e faz isso principalmente através do
Vaso Maravilhoso Tchrong mo, com o cuncurso da energia
ancestral.
O TR tem o seu próprio pulso geral (Mão direita , posição
III, superficial).Caso seja diagnosticado desequilíbrio na função geral ,
podemos ainda detectar em que nível do TR está esse desequilíbrio. Usamos para
tanto o seguinte quadro:
PULSO
POSIÇÃO I- AR
POSIÇÃO
II-ALIMENTOS
POSIÇÃO
III-ENERGIA ANCESTRAL
SE I>III-
EXCESSO IANG
SE III>I-
INSUFUCIÊNCIA IANG
SE
II>III-EXCESSO INN
SE III>II-
INSUFICIÊNCIA INN
“Poupem as palavras
e tudo andará por
si mesmo...”
Lao Tzu
BIBLIOGRAFIA
CONSULTADA
- Sussman , D.J.: Que é a
acupuntura, Record, São Paulo, 1972.
- Cordeiro, A.T.
& Cordeiro, R.C.: Acupuntura: Elementos Básicos,
Ensaio, São Paulo
, 1992.
- TAO TE KING . Texto e
comentários de Wilhem, R., ed.Pensamento,São
Paulo,1978.
-
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