A Aromaterapia
existe há milhares de anos e o nosso sentido do olfato faz parte do modo como
percebemos o mundo. Com o decorrer dos anos, tornou-se mais claro e óbvio o
potencial terapêutico de certas substâncias aromáticas. Estas substâncias
recebem o nome de óleos essenciais.
Estes são compostos
orgânico ricos com uma complexa estrutura química. Um extrato concentrado e
muito volátil obtido pela destilação a vapor de água a partir de plantas
aromáticas. São verdadeiramente holísticos no sentido de que podem exercer um
poderoso efeito positivo sobre a mente, o corpo e o espírito.
Como construiu-se a
Aromaterapia através dos tempos?
Desde a mais remota
antiguidade, mais ou menos 4.500 A.C., os egípcios já empregavam extractos de
plantas em domínios tão variados como a farmacologia, astrologia, cosmética,
embalsamamento, etc. Usavam muito o incenso, cipreste, mirra e cedro.
Muitas evidências
mostram que os chineses e também os indianos (Sistema Ayurveda) teriam
utilizado ervas e compostos aromáticos durante o mesmo período que os egípcios.
Exs: opium e gengibre
Na Idade Média, os
alquimistas e ervanários interessaram-se vivamente pelos óleos essenciais.
Nessa mesma época encontrava-se as chamadas feiticeiras que conheciam bastante
bem as diferentes virtudes das plantas medicinais. Muitas acabaram queimadas
por isso, acusadas pela Igreja Católica de praticarem magia negra.
As cruzadas da Idade
Média desempenharam um papel crucial no desenvolvimento da ciência dos
perfumes.
Em 980 D.C. a 1037
D.C. Avicena, físico árabe, foi reconhecido por ter sido o primeiro a ter
utilizado o processo da destilação para extrair o óleo de rosas, contudo levou-se
muitos anos para que o método fosse aperfeiçoado adequadamente.
Mas foi em 1928 que
René Gattefossé, químico francês criou o termo aromathérapie. O seu trabalho de
pesquisa foi o resultado de um acidente sofrido enquanto trabalhava no
laboratório de uma perfumaria. Ao sofrer queimaduras graves na mão, ele
mergulhou-a numa tigela que continha óleo puro de alfazema. A mão sarou
rapidamente e ele percebeu que as propriedades curativas do óleo puro eram
maiores do que dos sintéticos nos quais ele estivera trabalhando até então.
Atualmente a
aromaterapia é uma forma de tratamento reconhecida em diferentes países e pela
Organização Mundial da Saúde.
Basicamente o que precisamos saber é que os óleos essenciais penetram no corpo
de diferentes maneiras. Podem ser inalados, passando para a corrente sanguínea
pelos pulmões ou fazendo com que os sinais sejam transmitidos através de
impulsos nervosos. Esses são oriundos dos quimio-receptores de fibras nervosas
do epitélio olfativo que vão diretamente para o sistema límbico do cérebro,
onde se controlam os instintos, a memória e as funções vitais (é por isso que
um aroma pode ser tão marcante ou significativo).
Também podem ser
absorvidos pela pele durante uma massagem com cremes, por exemplo, atuando
localmente na epiderme ou passando pela derme, chegando até o sistema
circulatório, que é o principal sistema de transporte do organismo.
Quais são os
principais componentes químicos dos óleos essenciais e suas propriedades?
Os óleos essenciais
contém diferentes moléculas aromáticas dotadas de propriedades precisas. Entre
elas podemos citar os terpenos, os fenóis, os álcoois, aldeídos, cetonas,
ésteres, ácidos e lactonas, que funcionariam basicamente, cada um em sua
categoria como antivirais, anti-sépticos, estimuladores da regeneração celular
(cicatrização), bactericidas, estimulantes do SNC e imunológico, expectorantes,
tônicos, hipotensores. Também podem atuar na diminuição da temperatura do
corpo, como analgésicos, anti-inflamatórios, fungicidas, podem ter efeito
positivos sobre o sistema endócrino e até dissolver cálculos biliares.
Exs. de óleos essenciais com algumas dessas características: Alecrim, Pau Rosa, Patchouli, Funcho, Bergamota, Alfazema, Manjericão.
Exs. de óleos essenciais com algumas dessas características: Alecrim, Pau Rosa, Patchouli, Funcho, Bergamota, Alfazema, Manjericão.
Estes pequenos
frascos contém um conteúdo misterioso que vale a pena desvendar. Poucas gotas
de óleo essencial em um ambientizador têm efeitos fantásticos podendo aliviar o
stress do dia a dia; banhos de imersão com apenas 10 gotinhas te farão relaxar
com certeza, além de inalações (a seco ou a vapor), cremes, sabonetes, géis,
compressas, e claro, em uma massagem terapêutica. Podem ter acção psíquica e
espiritual, exercer ação específica sobre os diversos órgãos e funções do corpo
além de serem peça-chave para excelentes produtos de beleza, inclusive
caseiros.
Não podemos esquecer que não se deve utilizar os óleos essenciais puros sobre a pele pois são
compostos muito concentrados. Devem ser corretamente diluídos em outro veículo
(óleo ou creme base). Não hesite em consultar um especialista, ou mesmo livros
didáticos para desfrutar de toda a potencialidade dos óleos essenciais e também
para não cometer erros que possam levar a reações alérgicas e outros
acontecimentos desagradáveis.
O mundo dos aromas
é um universo de uma subtileza extrema que nos liberta do peso da rotina
diária. Isto é, já de si, suficiente para colocar ao seu alcance forças
benéficas que harmonizam o corpo e o espírito. A partir daí, a aromaterapia
consegue realizar muitos outros benefícios…
Nos próximos
artigos discutiremos mais sobre as essências, os aromas e seus benefícios
Nenhum comentário:
Postar um comentário